terça-feira, 24 de novembro de 2009

o meu aniversário


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Trepámos a calhauzada – pedras, pedrinhas, seixos, calhaus, pedregulhos, rochedos, penhascos… – até chegar ao céu, e embrenhámo-nos na mata do perdido, solitário, ermo… e por ela deslizámos que nem um cobra serpenteando pelo mato cerrado.
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Descemos o precipício em direcção ao abismo, vértice da floresta encantada, onde duendes habitam cogumelos gigantescos e venenosos, desejosos de corroer o fígado mais desprevenido.
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Passámos por ermitérios enigmáticos, fantasmagóricos, assustadores, que escondem segredos proibidos até às nossas férteis mentes.
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Depois desaparecemos novamente na floresta encantada, molhada pela chuva incessante que a regava e fazia brilhar o aglomerado de troncos contorcidos pelo constante e forte vento de Sul.
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Caminhámos, quais espectros curvados, programados, robotizados, esboçados e rasgados pela água que lavava e purificava as mentes conturbadas, silenciados pelo peso da vida.
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Comemos e voltámos a comer para saciar os nossos corpos desejosos do combustível que alimenta e faz ressurgir para mais um dia de pleno desfrute e louvor à vida.
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Jogámos, brincámos, foliámos, balanceámos, enrolámo-nos na areia branca, iluminada pelo Sol em todo o seu esplendor, abençoada pelo pai e criador da nossa constelação.
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Deleitámo-nos, e empanturrámo-nos!, com um manjar dos deuses, numa nutrida conversa de escárnio e maldizer sobre aqueles deploráveis seres a quem pagamos para administrarem a nossa vida.
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Como epílogo, um mar que, exibindo-se em toda a sua potência e violência, reduziu à sua insignificância a nossa humana existência… Mas sem dúvida um cenário fabuloso!
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sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mais reconhecimentos

Mais reconhecimentos no interminável Alentejo.....................................................................