Como é habitual, todos os anos, eu e mais uns tantos, vestimo-nos mais ou menos à Pai Natal e vamos “ciclar” algumas avenidas e ruas de Lisboa para ver a iluminação natalícia.
Sai do trabalho com intenção de ir para o ponto de encontro em Algés. Como me faltava comprar uma prenda cai na grande asneira de ir a um centro comercial. Só pensava, burro, burro, burro, já sabia, porque é que eu vim!
Crise? Somente para os crónicos pobres. Entro e saio cheio de “coceira” no corpo, estava tudo infernal. Para sair do shopping demoro meia-hora. A causa, um segurança a fazer de policia sinaleiro com uma daquelas placas para peões com vermelho de um lado e verde do outro. Só que ali não haviam peões, somente carros e ainda por cima numa via publica . Será que é legal?
Após uma hora chego ao ponto de encontro. Alguns vieram de bicicleta para fugir ao transito.
Não eramos muitos, mas os do costume estavam lá. Foi bom voltar a estar com pessoal que já não vejo há um ano exactamente num passeio de Pais Natal.
Como é costume, fomos beira rio até Praça do Comercio para de seguida treparmos até ao castelo e depois descermos desenfreadamente por Alfama.
Quando passamos em frente à Praça do Comercio, ouvi uma voz feminina a dizer timidamente “Pimpão”, olhei, para meu espanto e minha alegria era a Deolinda. A Deolinda foi a senhora que me acolheu quando estive em Cabo Verde. Fiquei feliz por voltar a ver esta querida cabo verdiana e saber que a família dela está bem, que saudades!!!!
Subimos a Rua Augusta, que estava totalmente deserta, e como é habitual fomos comer uma bifana ao Rossio. Que saudades de comer uma bifana com aquele molho retardado de vinte e quatro horas com aquele sabor a “requentado”. De seguida a habitual ginginha em copos “ecológicos” que não conhecem água nem detergente há dias. Bendita ASAE, que compreende as preocupações ecológicas destes estabelecimentos na poupança de águas e detergentes e óleos.
Subimos a Avenida e de seguida o Parque Eduardo VII, onde está árvore de Natal. Como eramos os únicos a usar a farda da Coca-Cola e a dizer hohoho, naturalmente fomos a principal atracção para miúdos e graúdos, até uns estrangeiros queriam pagar-nos para tirar fotos. Sem duvida foi um momento muito agradável, estávamos todos felizes.
Após a passagem pela árvore de Natal, seguimos para as Amoreiras e descemos para o Rato. Na descida, um peão distraído, atravessa a estrada. Como estava o olhar para o telemóvel não se apercebeu que vinha um ciclista a descer a todo o gás, berro, mas o maldito telemóvel tinha adormecido os sentidos do homem. Como não me podia desviar devido aos carris do eléctrico, acciono os travões com toda a potência. O homem subitamente apercebe-se da situação e desvia-se o suficiente para eu passar. Afinal era um estudante com uma capa e quando se desvia eu mais parecia um touro a investir na capa do toureiro.
Nunca fiz o Largo do Rato tão depressa. Seguimos para o Bairro Alto e de seguida para o Largo do Camões. Está tudo deserto. É um contraste abismal entre os centros comercias e as ditas ruas mais movimentadas de Lisboa. Muito poderia escrever sobre isto, mas como estamos no Natal, estou a tentar não ser muito corrosivo e manter a linha natalícia.
Para minha felicidade e para desespero de outros a descida da Bica, que culmina numa escadaria, é o delírio total.
Atravessamos a 24 Julho pela ponte pedonal e regressamos a Algés. Apesar da hora adiantada, as docas estavam um deserto, somente os porteiros e alguns turistas marcavam presença.
Há já alguns anos que faço este passeio e dá-me um imenso gozo deambular pelas ruas da maravilhosa Lisboa de bicicleta.
Desejo a todos um Feliz Natal e para 2009, o meu maior desejo, é que deixem os carros em casa e vão passear a pé ou de bicicleta em vez de irem para os Centros Comercias. A vossa saúde, a carteira e o comercio tradicional, agradecem.
Sai do trabalho com intenção de ir para o ponto de encontro em Algés. Como me faltava comprar uma prenda cai na grande asneira de ir a um centro comercial. Só pensava, burro, burro, burro, já sabia, porque é que eu vim!
Crise? Somente para os crónicos pobres. Entro e saio cheio de “coceira” no corpo, estava tudo infernal. Para sair do shopping demoro meia-hora. A causa, um segurança a fazer de policia sinaleiro com uma daquelas placas para peões com vermelho de um lado e verde do outro. Só que ali não haviam peões, somente carros e ainda por cima numa via publica . Será que é legal?
Após uma hora chego ao ponto de encontro. Alguns vieram de bicicleta para fugir ao transito.
Não eramos muitos, mas os do costume estavam lá. Foi bom voltar a estar com pessoal que já não vejo há um ano exactamente num passeio de Pais Natal.
Como é costume, fomos beira rio até Praça do Comercio para de seguida treparmos até ao castelo e depois descermos desenfreadamente por Alfama.
Quando passamos em frente à Praça do Comercio, ouvi uma voz feminina a dizer timidamente “Pimpão”, olhei, para meu espanto e minha alegria era a Deolinda. A Deolinda foi a senhora que me acolheu quando estive em Cabo Verde. Fiquei feliz por voltar a ver esta querida cabo verdiana e saber que a família dela está bem, que saudades!!!!
Subimos a Rua Augusta, que estava totalmente deserta, e como é habitual fomos comer uma bifana ao Rossio. Que saudades de comer uma bifana com aquele molho retardado de vinte e quatro horas com aquele sabor a “requentado”. De seguida a habitual ginginha em copos “ecológicos” que não conhecem água nem detergente há dias. Bendita ASAE, que compreende as preocupações ecológicas destes estabelecimentos na poupança de águas e detergentes e óleos.
Subimos a Avenida e de seguida o Parque Eduardo VII, onde está árvore de Natal. Como eramos os únicos a usar a farda da Coca-Cola e a dizer hohoho, naturalmente fomos a principal atracção para miúdos e graúdos, até uns estrangeiros queriam pagar-nos para tirar fotos. Sem duvida foi um momento muito agradável, estávamos todos felizes.
Após a passagem pela árvore de Natal, seguimos para as Amoreiras e descemos para o Rato. Na descida, um peão distraído, atravessa a estrada. Como estava o olhar para o telemóvel não se apercebeu que vinha um ciclista a descer a todo o gás, berro, mas o maldito telemóvel tinha adormecido os sentidos do homem. Como não me podia desviar devido aos carris do eléctrico, acciono os travões com toda a potência. O homem subitamente apercebe-se da situação e desvia-se o suficiente para eu passar. Afinal era um estudante com uma capa e quando se desvia eu mais parecia um touro a investir na capa do toureiro.
Nunca fiz o Largo do Rato tão depressa. Seguimos para o Bairro Alto e de seguida para o Largo do Camões. Está tudo deserto. É um contraste abismal entre os centros comercias e as ditas ruas mais movimentadas de Lisboa. Muito poderia escrever sobre isto, mas como estamos no Natal, estou a tentar não ser muito corrosivo e manter a linha natalícia.
Para minha felicidade e para desespero de outros a descida da Bica, que culmina numa escadaria, é o delírio total.
Atravessamos a 24 Julho pela ponte pedonal e regressamos a Algés. Apesar da hora adiantada, as docas estavam um deserto, somente os porteiros e alguns turistas marcavam presença.
Há já alguns anos que faço este passeio e dá-me um imenso gozo deambular pelas ruas da maravilhosa Lisboa de bicicleta.
Desejo a todos um Feliz Natal e para 2009, o meu maior desejo, é que deixem os carros em casa e vão passear a pé ou de bicicleta em vez de irem para os Centros Comercias. A vossa saúde, a carteira e o comercio tradicional, agradecem.